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domingo, 13 de novembro de 2011

Os filhos do Coronel Cipriano Bezerra Galvão

Cipriano Bezerra Galvão casado com Isabel Cândida de Jesus, são os troncos de inúmeras famílias do Seridó Potiguar. Destacando-se entre os seus descendentes as famílias Bezerra de Araújo Galvão, Salustino e Medeiros.

F.01 Cel. Silvino Bezerra de Araújo Galvão *Acarí/RN 21/06/1836 +Acarí/RN 10/03/1921. Casado aos 07-08-1856 na fazenda Ingá com D. Maria Febronia de Araújo Galvão *25-06-1838 +25-11-1908, filha de Cipriano Lopes Galvão e Ana Marcolina de Jesus. Casou-se em segundas núpcias com Vigolvina, natural de Martins/RN da qual separou-se.;

F.02 Manoel Bezerra de Araújo Galvão *01-01-1838 +15-04-1922 casado aos 01-06-1858, na fazenda Sobradinho com Ana Maria de Jesus *31-07-1838, filha de Antônio Pires de Albuquerque Galvão e Guilhermina Francisca de Medeiros;

F.03 Francisca Bezerra de Jesus *03-11-1839 +1861 casada na fazenda Ingá aos 26-11-1855 com Bernardino Pires de Albuquerque Galvão +09-06-1901, filho de Antônio Pires de Albuquerque Galvão e Guilhermina Francisca de Medeiros (Recife);

F.04 Josefa Bezerra de Jesus *04-02-1841 +03-01-1916 casada aos 26-11-1855, na fazenda Ingá com Sérvulo Pires de Albuquerque Galvão +12-10-1918, filho de Antônio Pires de Albuquerque Galvão e Guilhermina Francisca de Medeiros (Recife);

F.05 Cel. José Bezerra de Araújo Galvão *Acarí/RN 18/12/1844 +Currais Novos/RN 05/02/1926. Casado em 09/01/1872, na fazenda Bulhão, com Antônia Bertina de Araújo +Currais Novos/RN 03/12/1893, filha do coronel João Damasceno Pereira e Tereza Alexandrina de Jesus. Filhos;

F.06 Isabel Cândida da Conceição *28-09-1845 +21-05-1922 casada em 14-01-1862 na fazenda Ingá com Bernardino Pires de Albuquerque Galvão +09-01-1901, filho de Antônio Pires de Albuquerque Galvão e Guilhermina Francisca de Medeiros (Recife);

F.07 Maria Rosalina de Araújo *1846 +? Casada em 1872, com Dr. Manoel José Fernandes *11-12-1834 +28-03-1907, filho de Cosme Damião Fernandes e Isabel Maria de Araújo. Era viúvo de Cristiana Cristina Católica;

F.08 João Bezerra de Araújo *04-03-1848 +criançaF.09 João Bezerra de Araújo Galvão *12-07-1849 +? Casado na fazenda acauã aos 09-11-1869 com Maria Senhorinha de Jesus *01-08-1851 +?, filha de Joaquim de Araújo Pereira e Apolônia Francelina de Jesus. Casou-se em segundas núpcias com Porfiaria Ângela de Araújo *16-09-1862 +?, filha de Joaquim de Araújo Pereira e Apolônia Francelina de Jesus;

F.10 Tereza Maria Bezerra de Araújo (Tetê) *07-08-1850 +23-06-1941 c.c Cel. Ezequiel de Araújo Fernandes *10-04-1843 +24-04-1904, filho de Cosme Damião Fernandes e Isabel Maria de Araújo. Era viúvo de Josefina Ernestina de Araújo;

F.11 Porfiria Augusta Bezerra *1854 +1883 c.c Zabulon Jovem Herói da Trindade, filho de Luiz José de Almeida Filho e Sinhá Trindade;

F.12 Cipriano Bezerra Galvão Santa Rosa *27-10-1857 +14-02-1947 c.c Isabel Teodomira Bezerra de Araújo (Sinhá) *13-11-1859 +15-04-1899 (s.s.), filha de Silvino Bezerra de Araújo Galvão e Maria Febrônia de Araújo Galvão. Casou-se em segundas núpcias aos 16-02-1901, na fazenda Pedreira com Mariana Iluminata da Nóbrega *01-12-1877 +31-12-1917, filha de Janúncio Salustiano da Nóbrega e Iluminata Teodora da Nóbrega;

F.13 Antônia Maria Bezerra de Araújo *01-07-1870 +23-08-1880 casou em 1870 com Laurentino Bezerra de Araújo Galvão *25-02-1855 +12-11-1901, filho de Laurentino Bezerra de Medeiros Galvão e Tereza Urçulina de Jesus (s.s.).
 
FONTE: http://www.historiaegenealogia.com/2009/11/os-filhos-do-cel-cipriano-bezerra.html

O Coronel Cipriano Lopes Galvão, da Ribeira do Seridó

O Coronel Cipriano Lopes Galvão, da Ribeira do Seridó
João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor da UFRN e membro do IHGRN

O povo seridoense tem um amor muito grande por sua região. Tudo isso advém, acredito, do fato de muitos dos seus filhos terem preservado a História da Seridó através da Genealogia, o que originou autoestima e identidade para aquele povo. Aproveitando a festa de Santa Anna, vamos transcrever para cá uma carta patente de Coronel concedida a um de seus habitantes ilustres, o Coronel Cipriano Lopes Galvão. Além disso, daremos algumas informações de outro ilustre morador daquela Ribeira, Alexandre Rodrigues da Cruz.
Pedro de Albuquerque de Mello, Capitão Mor da Capitania do Rio Grande e Governador da Fortaleza da Barra desta Cidade do Natal, por sua Majestade Fidelíssima que Deus Guarde, etc. Faço saber aos que esta minha carta virem que porquanto se acha vaga o posto de Coronel do Regimento de Cavalaria da Ribeira do Seridó, por impedimento de Alexandre Rodrigues da Cruz que o servia, por ele dar ar na boca e na garganta… se acha em perigo evidente da vida na Praça de Pernambuco e desenganado dos médicos e cirurgiões e ser conveniente prover pessoa de qualidade, merecimentos e serviços que possa governar naquela Ribeira do Seridó, por ser um Sertão de muita gente e distante desta Cidade sessenta léguas pouco mais ou menos, pedi informações aos oficiais da Câmara desta Cidade conforme as ordens de Sua Majestade os quais satisfizeram nomeando três homens entre os quais nomearam Sipriano Lopes Galvam em primeiro lugar; e por me constar ter servido a Sua Majestade que Deus Guarde, tanto de Capitão de Cavalos e de Sargento Mor da Ordenanças, tudo por espaço de anos com bom procedimento e muito zelo do Real Serviço, como por ser um dos homens principais e nobres desta Capitania e de conhecida nobreza e muito afazendado: hei por bem de o eleger e nomear como por esta o faço ao dito Sipriano Lopes Galvam, no posto de Coronel da Cavalaria do Regimento da Ribeira do Seridó que vagou por impedimento de Alexandre Rodrigues da Cruz, que o servia e em virtude das ordens de Sua Majestade, de vinte e dois de Dezembro de mil setecentos e quinze, com o que posto não haverá soldo algum da Real Fazenda, mas gozará de todas as honras, graças, privilégios, liberdade, e isenções que em razão do dito posto lhe tocarem; do qual posto o hei por apossado e ordeno a todos os seus oficiais subalternos de seu Regimento o conheçam por seu Coronel e como tal o honrem e obedeçam, cumpram e guardem suas ordens de palavra e por escrito como devem e são obrigados. E por firmeza de tudo lhe mandei fazer a presente Patente por mim assinada e selada com o sinete de minhas armas que se registrará nos livros da Secretaria deste Governo e nas mais a que tocar. Dada e passada nesta Cidade do Natal, Capitania do Rio Grande do Norte, aos três de Novembro do ano do nascimento no Nosso Senhor Jesus Cristo, de mil setecentos e cinquenta e sete. E eu, Manoel Pinto de Crasto, por ausência do Secretário a fiz//Pedro de Albuquerque Mello// e tinha o selo. Carta Patente pela qual V. Sª foi servido prover a Sipriano Lopes Galvam no posto de Coronel da Ribeira do Seridó, por impedimento de Alexandre Rodrigues da Cruz que o servia, como acima se declara e pelos respeitos acima declarados//para V. Sª ver// e não se continha mais em dita Carta Patente que eu, Manoel Pinto de Crasto, em ausência do Secretário aqui trasladei bem e fielmente como nela se continha.
Copiado em 2 de Março de 1922. O Copista Petronillo Edson Pinheiro Joffily.
Alexandre Rodrigues da Cruz, acima citado, recebeu uma Carta de data e sesmaria, em 23 de Dezembro de 1743. Terras entre as Ilhargas de Acauã e entre as Ilhargas do Quinqué e testadas do Trapiá e o sítio do Acari. Ribeira do Seridó.
Alexandre Rodrigues da Cruz, que ocupava o cargo de Coronel, era casado, como já visto em artigo anterior, com Vicência Lins de Vasconcelos. Eram filhas do casal, acima, minhas hexavós Anna Lins de Vasconcelos e Tereza Lins de Vasconcelos, casadas respectivamente com Antonio Garcia de Sá Barroso e o português Francisco Cardoso dos Santos.

FONTE: http://trindade.blog.digi.com.br/2010/07/27/o-coronel-cipriano-lopes-galvao-da-ribeira-do-serido/

José Bezerra de Araújo Galvão

O patriarca do Seridó


Coronel José Bezerra de Araújo Galvão. (Foto Acervo: Anderson Tavares)



Estátua do Cel. José Bezerra em Currais Novos/RN, inaugurado em 16-11-1953. Foto: Anderson Tavares
Busto do Cel. José Bezerra, em Currais Novos/RN inaugurado em 05-02-1927. Foto: Anderson Tavares



Nunca um coronel no Estado do Rio Grande do Norte teve mais poder e prestígio do que José Bezerra de Araújo Galvão, de Currais Novos. Um poder imposto pela palavra sincera e conselheira; um prestígio emanado da amizade que dispensava a tantos quantos lhe recorressem em fases difíceis e, por isso mesmo, José Bezerra exerceu o seu poder dentro de um coronelismo paternalista, um coronelismo protetor.
O Coronel José Bezerra ou popularmente coronel Zé Bezerra d’Aba da Serra, já sublimou-se em personagem mítico na historiografia potiguar. Não se pode discorrer sobre a fase histórica conhecida por “coronelismo” sem mencionar-lhe a figura e os feitos.
No Seridó potiguar foi um autentico senhor feudal em todos os sentidos. De Currais Novos onde fixou sua chefia foi guia de toda uma população. Para se ter uma noção da representatividade de José Bezerra, recorreremos a afirmação de Veríssimo de Melo em “Patriarcas e Carreiros”: “(...) O seu nome soava como uma nota de clarim, vibrando nas quebradas das serras e dos vales, como um defensor da honra alheia, dos limites da propriedade privada, da moça ofendida, do pobre que apelava para a sua proteção, defensor dos hábitos e costumes do seu povo, transformados por sedimentação de vários séculos em norma de vida ou código de lei”.
Nascido na cidade de Acarí, na histórica fazenda Ingá, no dia 18 de dezembro de 1843. Seu pai foi o capitão Cipriano Bezerra Galvão (*1809 +1899), descendente direto dos povoadores do Seridó, entre os quais o afamado capitão-mor Galvão, fundador da cidade de Currais Novos. Sua mãe a senhora Tereza Maria de Jesus (*1819 +1873), pertencente igualmente a linhagem não menos ilustre dos desbravadores do sertão Norte-riograndense. Possuiu vários irmãos, todos dignos e honrados nas comunidades onde se instalaram. Destaque para o Cel. Silvino Bezerra de Araújo Galvão, chefe da cidade de Acarí e vice-governador do Rio Grande do Norte na chapa de Pedro Velho de Albuquerque Maranhão.
O jovem José Bezerra, de estatura alta, forte, de constituição robusta, entregou-se, em moço, ao esporte favorito dos rapazes ricos e de boa família da época: - a equitação, as vaquejadas, as lutas perigosas e emocionantes com os barbatões bravios criados em vastos campos abertos e nas caatingas cerradas. Todos os seus ancestrais foram fiéis ao signo da terra e da criação.Homem do campo, José Bezerra possuiu as mais belas e importantes propriedades da época no Seridó. Nascido na fazenda Ingá morou em seguida na fazenda Bulhão, transferindo-se em 1880 para a Aba da Serra seu quartel general de toda a vida. Era o seu feudo. O território sagrado de sua ação benfazeja.
Senhor de terras, criador e liderança política acatada José Bezerra foi ainda muito moço apontado pelo presidente da província do Rio Grande do Norte para ser membro da Guarda Nacional, sendo a sua primeira patente naquela organização a de capitão da 4ª Companhia do Batalhão nº. 17 da Guarda Nacional em Acari, em 1869. Em 1877, foi convidado para ser delegado em Acarí onde desenvolveu uma ação pronta, enérgica e tão justa, que apesar da forte repressão exercida contra os delinquentes de várias espécies, não criou inimigos. No ano de 1886 foi nomeado coronel comandante superior da Guarda Nacional da Comarca do Jardim, em decreto assinado por sua majestade imperial Dom Pedro II. Em 1893 foi reformado neste posto pelo decreto do então vice-presidente da República marechal Floriano Peixoto.
Convém destacar que durante sua vida, o município de Currais Novos nunca foi policiado por força governamental. Os seus homens de confiança eram os guardiões da segurança da cidade, do município e da redondeza. Vem daí, em grande parte, o seu prestigio, a sua força moral perante o povo bom, honesto e simples do sertão.
Toda essa situação, toda essa liderança exercida com moderação e prudência deu margem para que em Currais Novos durante muito tempo a máxima “O estado sou eu”. O município era ele. A lei era ele. O Juiz, o Delegado, o padre era ele. Tudo isso dentro do decoro, da prudência e da polidez que o seu nome de homem superior, inteligente, experimentado, abrangia sem dizer que estava mandando.
Foi um católico adiantado no meio em que vivia, bem à sua maneira freqüentando as missas todos os domingos, contudo, sem se confessar. Afirmava que Deus quando deu inteligência ao homem, foi para ele se dirigir na vida. Reconhecia e não se cansava de dizer que a existência de Deus era um fato inegável, constituindo, além disso, uma necessidade na vida do homem.
Desde os tempos do Império, quando militava nas fileiras do Partido Liberal, fazendo política em Acarí com o mano Silvino, que o Cel. José Bezerra por todas as suas qualidades paternais e com a sabedoria de fazer política ouvindo os seus companheiros e dividindo com estes as responsabilidades dos cargos que viria a exercer que desmembrado o município de Currais Novos do de Acarí que Zé Bezerra passou a chefiá-lo, por exigência de seus amigos, e agiu com tanta inteligência e liberalismo que a população unânime cerrou fileiras em torno de sua pessoa.
Na cidade de Currais Novos foi Presidente da Intendência por dois mandatos 04-04-1892 a 02-10-1892 e de 01-01-1915 a 30-12-1926, ocasião na qual criou a primeira escola do Totoró. Estimulou a construção da estrada de automóveis do Seridó, convidando seus familiares e amigos para adquirir ações da sociedade anônima que estava a frente do empreendimento. Posteriormente, observando não serem cumpridas cláusulas contratuais retirou-se com seus liderados da sociedade.
Ainda sobre a ação de José Bezerra na política da sua terra se faz mister citarmos as observações de Veríssimo de Melo: Delegado de polícia em Acari e Currais Novos, delegado escolar e intendente (Prefeito) de Currais Novos, aceitou-os tendo em vista o desejo de trabalhar pelo progresso de terra e do povo, uma vez que esses cargos nada rendiam e só lhe traziam aborrecimentos e desgostos.
Debrucemo-nos agora sobre o patriarca da Aba da Serra. Sobre o chefe do clã cujas ramas espalharam-se pelo mundo, carregando o sangue de um home fiel às suas raízes. O coronel José Bezerra casou em 09-01-1872 com a prima Antônia Bertina de Jesus, filha do coronel João Damascenos Pereira , e com a qual constituiu uma família composta de 13 filhos:
F.01 Absalão de Araújo Galvão *1873 +1894 (surdo-mudo), faleceu solteiro;
F.02 Salomão *1874;
F.03 Auta Bezerra de Araújo *1875 +1934 casada com Cel. Moisés de Oliveira Galvão *1869 +1927, filho de Francisco de Oliveira Galvão e Francisca Alexandrina de Oliveira;
F.04 Francisca Xavier de Araújo *1876 +1929, casada com Major Ladislau de Vasconcelos Galvão *1874 +1943, filho de Cipriano Lopes de Vasconcelos Galvão e Maria Marcionila de Vasconcelos;
F.05 Isabel Bezerra de Araújo *1878 +1955 casada com Francisco Braz de Albuquerque Galvão *1873 +1938, filho de Sérvulo Pires de Albuquerque Galvão e Josefa Bezerra de Jesus;
F.06 Major Napoleão Bezerra de Araújo Galvão *1881 +1953 casado com Veneranda Predicanda Bezerra de Melo *1886 +1983, filha de Luis Gomes de Mello Lula e Maria Idalina da Rocha;F.09 falecido criança;
F.07 José Bezerra de Araújo Galvão Filho (Zeca) *1884 +1939 (surdo-mudo), solteiro;
F.08 Tereza Bertina de Araújo (Tetê) *1885 +1976 casada com Thomaz Salustino Gomes de Mello *1880 +1963, filho do Cel. Manoel Salustino Gomes de Macedo e Ananília Regina de Araújo;
F.09 Jeremias Bezerra de Araújo Galvão *1887 +1940 casado com Tereza Augusta Bezerra de Araújo *1890 +1937, filha de Félix Pereira de Araújo e Maria Getúlia Bezerra de Araújo Galvão. E em segundas núpcias com Maria Salomé de Vasconcelos *1890 +1970;
F.10 Antônio Bezerra de Araújo *1888 +1943 casado com Rita Alzira de Araújo *1887 +1935, filha de Manoel Salustino Gomes de Macedo e Ananília Regina de Araújo. E em segundas núpcias com Tereza de França Bezerra *1911 +1980;
F.11 Maria *1889 +1890;
F.12 Anunciada *1890, falecida criança;
F.13 Lidia *1892, falecida em tenra idade.
Essa família se desdobrou em inúmeros descendentes, muitos dos quais atuantes no cenário político do Rio Grande do Norte como: Quintino Galvão (neto), ex-prefeito de Currais Novos; José Braz (neto), ex-prefeito e líder político de Acari; Silvio Bezerra de Melo (neto), ex-prefeito de Currais Novos; Zé Lins (trineto) ex-deputado estadual e ex-prefeito de Currais Novos; Fábio Faria (trineto), deputado federal pelo RN, José Bezerra de Araújo (neto), senador pelo RN em 1965 e ex-prefeito de Currais Novos; José Bezerra de Araújo Júnior (bisneto), senador do RN. Vale destacar os sobrinhos que atuaram na política do RN ainda em vida de José Bezerra – Juvenal Lamartine e José Augusto Bezerra.
O intelectual escritor José Bezerra Gomes também era neto do velho patriarca sertanejo. Enfim, uma estirpe com relevantes serviços prestados ao RN e em especial a região do Seridó.
Por fim, os últimos anos do coronel José Bezerra de Araújo Galvão foram mansos e calmos. Idoso, atravessava as ruas de Currais Novos, alto, firme, barbas longas e alvas. Vestindo o tradicional palitó de alpaca por sobre calça de brim branco, firmando-se no seu cajado encastoado em prata maciça. Faleceu às 16 horas do dia 05 de fevereiro de 1926. Recordando o personagem José Bezerra, assim descreveu Assis Chateaubriand:
“Era divinamente telúrico. Exercia caciquismo naturalmente, como quem bebia água ou tomava pinga. Lealdade, fervor das coisas públicas, firmeza de convicções, eram os sucos das suas reservas. Imperava soberano, na latitude do Seridó, o Matusalém riograndense do Norte.

Foi um autêntico patriarca. Era o tipo acabado do coronel sertanejo. O coronel José Bezerra, como José Bernardo e Silvino Bezerra, pertenciam a essa privilegiada aristocracia rural, dos coronéis seridoenses, a cuja ação social e política o Rio Grande do Norte tanto deve, porque, na verdade, todos eles foram fatores importantes de equilíbrio, disciplina e estabilidade na paisagem rude e livre da vida sertaneja.
Dele se podia dizer o que de um outro chefe do Seridó disse um historiador de nossa terra: o velho José Bezerra, de espírito lépido e frase pronta, granito das serras, ouro das minas, bondade dos invernos, doçura das noites, é o príncipe da mais legitima e linda de todas as dinastias do mundo, a do trabalho, da dignidade e do coração”.