Francisco Alves Galvão nasceu entre
o fim do século XIX e o início do século XX, no povoado de Porteiras, no município de Pedro
Velho. Seus pais, Inácio Alves
Galvão e Maria Matias Galvão, de modestas condições, deixou parte da criação do
filho para uma tia, Rita Matias Galvão.
Francisco Alves era homem de
reputação exemplar. Chamado de Seu
Chiquinho, Chico Alves, era
conhecido como homem inteligente e de ciência
pelos seus pares. Conhecia os segredos do comportamento e a natureza das
plantas, dos animais e dos homens; sabia prever o tempo, dissertando sobre os
astros do céu e as histórias bíblicas. Não se sabe onde aprendeu.
Sua esposa, Alcina Lopes Galvão, era
parente próxima; uma mulher linda, de características indígenas como as
brasileiras em geral. Tiveram Três filhos e três filhas, mas o casamento não
teve sucesso. Homem de posição firme, decidiu deixar a esposa por um
desentendimento fútil. E para não voltar à palavra dita, ficou com os filhos e
os criou sozinho.
A força da tradição o tornou
agricultor, trabalhando em sua própria terra, um pequeno sítio à margem esquerda
do rio Curimataú, na localidade de Porteiras. Era um conhecedor da natureza
como ninguém. Pelo olhar descobria os sentimentos mais profundos do ser humano.
Calculava os desejos. Dificilmente errava. Era um cientista popular. Conhecia
bem a Bíblia apesar da pouca instrução. Alto e alvo, olhos claros, quase ruivo,
nunca foi gordo. Tinha beleza inquestionável.
Do casamento com Alcina Lopes Galvão (sua prima)
tiveram seis filhos: Paulírio Alves Galvão, casado com Maria e pai de Luildo,
José Carlos, João Batista, Oziel, Maria do Socorro, Lucineide e Maria das
Graças; Raimundo Alves Galvão, casado com Marinete e pai de Joseana, João,
Elizabete, Silvânia e Mônica; João Alves Galvão, casado com Lúcia e Maria José,
José Edson, Vera Lúcia, Ana Lúcia, Wilson Luiz, Aldo Luiz, João Carlos, Lúcia
de Fátima, Francisco, João e Alcina; Maria, chamada Bia, casada com João Galvão
de Oliveira e mãe de Hélio, Fracilene, Ana Maria, João, Hortência, Edésio,
Hozana e Marcelo; Alzira, casada com Paulírio Martins de Castro e mãe de João
Maria, Maria Eliana e Sandra Mônica; e Ester, casada com João de Oliveira Pinto
e mãe de Milton, Marcia e Maria da Conceição.
Mesmo separado da esposa, esperou a viuvez, em
1942, para procurar outro casamento. Com sua segunda mulher, Maria Câmara
Galvão, teve mais 4 filhos: Cilene;
Maria Hozana, chamada de Nezinha;
Analice; e Severino, falecido na infância. Francisco Alves Galvão faleceu em 29 de junho de 1992 e foi sepultado no cemitério de Porteiras.
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