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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Antônio Galvão de França, o pai de Frei Galvão

  alt Por morte repentina, faleceu o pai do primeiro Santo do Brasil, em 30 de junho de 1770. Membro da Ordem Terceira Franciscana, foi um importante e influente comerciante, homem caridoso e muito religioso.
Na ocasião do seu falecimento foi sepultado na Matriz de Guaratinguetá e seu corpo amortalhado pelo hábito franciscano e pelo hábito de Nossa Senhora do Carmo.
 
 
1. Sua família, nascimento e a mudança para o Brasil:
Filho de Manoel de França e Águeda Maria Galvão (avós paternos de Frei Galvão), Antônio Galvão de França nasceu no dia 29 de julho de 1706, na Província do Algarve, região sul de Portugal. Não se sabe o motivo que o levou a vir para o Brasil, mas sugere-se que o contato com um tio, que era Frei Carmelita aqui no Brasil, e os fortes terremotos que devastaram a sua região em 1719 e em 1722, tenham colaborado com a ideia de mudar-se para o Brasil.
 
2. Personalidade:
Quando o 1º Postulador da Causa de Santificação de Frei Galvão, Frei Adalberto Ortmann, coletava testemunhos, recebeu da Sra. Balduína Galvão de Castro Mafra as seguintes palavras, que descrevem a personalidade do pai de Frei Galvão: “Ela era um homem caridoso, ia à missa diariamente e todas as vezes costumava distribuir esmola entre os pobres”.
No inventário feito em 1755, por ocasião da morte de sua esposa, verificamos que ele possuía 707 devedores em diversas capitanias do Brasil. E tal complacência com os devedores, certamente devia-se ao seu largo e compreensivo coração.
O fato de ter sido nomeado para cargos públicos prova que ele devia ser uma pessoa de educação e cultura apreciáveis.
 
3. Casamento e filhos:
Ele casou-se em 08 de fevereiro de 1733 com Isabel Leite de Barros, em Pindamonhangaba/SP, na Capela Nossa Senhora do Rosário, conhecida como Capela dos Correias, pertencente a um tio paterno de Isabel.
Tiveram 11 filhos, sendo que três faleceram enquanto eram ainda crianças. Estes foram os filhos e o respectivo ano do nascimento: 1º José Galvão de França (1934); 2ª Maria Galvão de França (1735); 3ª Isabel Leite de Barros (1736); 4º Antônio Galvão de França - "Frei Galvão” (1739); 5ª Anna (1741); 6º Anna Joaquina de França (1744); 7º João (1745); 8º Anna Jacinta Galvão de França (1746); 9º Manoel Galvão de França (1747); 10ª Francisca de França (1748); 11º Francisca Xavier de França (1753).
 
4. Funções públicas:
Apenas dois meses após o seu casamento, em 1733, assumiu o importante cargo de Procurador do Senado, na Câmara de Guaratinguetá. Função certamente, bem executada, o que lhe rendeu, em 1747, a nomeação de Capitão-Mor da Vila Guaratinguetá, função esta de enorme importância, pois deveria fiscalizar a entrada e saída da Vila, e possuía poderes administrativos, judiciais e fiscais.
Enquanto era Capitão-Mor, constata-se em um documento, que no ano de 1769, recebera a determinação de examinar a todas as pessoas que entravam e saíam da Vila, a fim de impedir a entrada dos Jesuítas, que não eram benquistos pelos Portugueses. Ele era um homem de confiança da Corte portuguesa.
 
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5. Atividades comerciais:
Antônio Galvão foi um importante e poderoso comerciante e sua fortuna provinha do comércio de bovinos e de produtos agrícolas que fornecia à zona de mineração.
Em 1755, foi feito um inventário por ocasião da morte de sua esposa, e pode-se constatar uma das fortunas mais sólidas de todos os tempos, no entanto, irremediavelmente onerada pela existência de centenas de devedores, assim afirma Marcondes de Moura, no livro os Galvão de França no Povoamento de Santo Antônio de Guaratinguetá.
Segundo o pesquisador Helvécio Vasconcelos, que examinou um documento de 1770, o Capitão-mor, ainda antes de sua morte, conseguiu recuperar a sua fortuna.
 
6. Religiosidade: 
No livro “Frei Galvão, Bandeirante de Cristo”, edição de 1936, de Maristela, assim ele é descrito: “Pertencia à Ordem Terceira de São Francisco e também à do Carmo, e fazia parte da Irmandade do Santíssimo. A Padroeira da Família era Sant´Anna; estava em lugar de destaque num oratório da família”.
Quando Frei Galvão foi para o Colégio Jesuíta, na Bahia, o primeiro filho do casal, José, já se encontrava lá no Seminário. O que demonstra a preocupação dos genitores em oferecer uma qualificada formação, numa instituição religiosa.
 
7. Últimas notícias sobre Antônio Galvão de França:
Segundo recenseamento feito em 1767, ele possuía a segunda maior fortuna da Vila de Guaratinguetá. E em sua companhia moravam quatro filhos: Manoel, Anna Joaquina; Anna Jacinta e Francisca.

Por Giovanni Bezerra, especial para o site
FONTE: http://www.seminariofreigalvao.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=84:antonio-galvao-de-franca-o-pai-de-frei-galvao&catid=2:ultimas-noticias&Itemid=5

A Família Galvão presente na história de Zumbi dos Palmares

Zumbi nasceu provavelmente em 1655, em uma aldeia do Quilombo de Palmares (atual estado de Alagoas), descendente de guerreiros imbamgalas ou jagas, de Angola.
Foi aprisionado com poucos dias de vida e entregue ao padre português Antonio Melo, do distrito de Porto Calvo, Alagoas, que o criou e batizou com o nome de Francisco, onde o ensinou a ler e a escrever o português e o latim.
Aos 15 anos, em 1670, Francisco fugiu da casa do padre, voltando para sua origem no Quilombo de Palmares, trocando seu nome cristão, pelo nome africano Zumbi.
Tornou-se grande guerreiro e estrategista militar na luta para defender Palmares contra os soldados portugueses.
Seu nome é citado pela primeira vez em 1670, em um relatório do comando militar da capitania de Pernambuco. Ele seria o homem de confiança do chefe Ganga-Zumba, uma espécie de general do exército de Palmares.
Matar Ganga-Zumba e Zumbi virou questão de honra para o governo Português.
Em 1676, em um combate com as tropas lideradas por Manoel Lopes Galvão, Zumbi levou um tiro na perna e teria ficado manco.
Depois de um tempo. cansado de tantas derrotas, o Governador-Geral propôs um acordo de paz. Ganga-Zumba aceitou e deixou Palmares com alguns seguidores.
O novo líder do Quilombo, Zumbi, não quis trégua e lutou contra as tropas de Domingos Jorge Velho, em 1694. Levou tiro, porém conseguiu fugir.
Em 1695, recebeu novos ataques, um do seus grupos foi derrotado e seu comandante Antonio Soares foi capturado.
Após ser torturado pelo bandeirante paulista André Furtado de Mendonça, este lhe ofereceu liberdade em troca do esconderijo de Zumbi.
E em 20 de novembro daquele ano, Antonio Soares levou o bandeirante até o esconderijo, na Serra Dois Irmãos.
Diz-se que ao ver seu comandante, Zumbi foi recebe-lo com um abraço e levou uma punhalada no estomâgo. Os paulistas atacaram e os rebeldes foram mortos. Seu corpo foi levado a Porto Calvo, onde sua cabeça foi decepada e deixada exposta, em Recife, até se decompor totalmente.
FONTE: http://genealogiagalvao.blogspot.com.br/

Lopes Galvão - Patriarca da família Fonseca

Segundo o livro "Fonseca - Uma Família e Uma História" de Walter Fonseca, o nome FONSECA é tão antigo quanto a velha Portugal, e apesar de ser um nome popular no país, não se sabe qual família teve o primeiro direito de usa-lo.
Genealogistas portugueses e espanhóis tiveram suas considerações  de descendência, porém, a família Fonseca brasileira  tem suas raizes mais antigas na família LOPES GALVÃO.
Núcleos da família Lopes Galvão se desenvolveram na região do Seridó (principalmente em Currais Novos e Acari), posteriormente se estendo em outros estados como Pará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Amazonas, Ceará, Alagoas, Sergipe, Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Cabe então a Manoel Lopes Galvão, o título de Patriarca da Família Fonseca, brasileira, já que sua presença se fez sentir no Rio Grande do Norte, na região do Seridó, no final do século XVII e início do século XVIII.
Como já foi dito no post Primeiros Relatos, na época haviam dois Manoel Lopes Galvão, ambos com grande importância na história. O primeiro sendo Secretário das Mercês do reinado de D. João IV, e o outro foi seu filho que atuou como Mestre de Campo, no Brasil, casado com Margarida Lins Acioly.
Fixando raiz no Seridó, sua família deu origem aos Fonsecas, quando sua filha Maria de Proença Lins Acioly casou-se com o Capitão Mor da Capitania do Ceará Manoel da Fonseca Jayme.
Há também outros relatos que interligam as duas famílias (Fonseca e Lopes Galvão).
No post Os Lopes Galvão e o Rio Grande do Norte, conto a história da descendência de Francisco Lopes Galvão e Joana Dorneles. Seu neto Cipriano Lopes Galvão, casou-se com Adriana de Holanda Vasconcelos (ou Hollanda de Vasconcellos), que mostra mais um laço entre as famílias em questão.
Os  pais de Adriana de Holanda são Arnau de Hollanda (Borges da Fonseca), natural de Utrecht, na Holanda, e dona Brites Mendes de Vasconcellos, natural de Lisboa/ Portugal.
De Arnau não se sabe muito a respeito, somente que veio ao Brasil como homem nobre, na comitiva de Duarte Coelho Pereira, em 1535.
E sobre dona Brites, diz-se que viveu por quase cem anos, ficando por isso, conhecida como a "Velha", vindo a falecer em 19 de dezembro de 1620, em Olinda/PE.
Outro vínculo entre as famílias provém também dos ancestrais de Manoel Lopes Galvão, fidalgo da Casa Real, e do Capitão Mor Manoel da Fonseca Jayme, que são descendentes do Brigadeiro José Antonio da Fonseca Galvão casado com Marianna Clementina de Vasconcellos Galvão.
Desse casal nasceram Rufino Enéas Gustavo Galvão - que foi Visconde de Maracaju; Antonio Enéas Gustavo Galvão - que foi Barão do Rio Apa; Manoel do Nascimento da Fonseca Galvão - que foi Desembargador; Maria da Glória de Vasconcellos Galvão e Silva - que foi casada com Joaquim da Costa e Silva; e Luiza Clementina de Vasconcellos Galvão e Silva.
O nome exato do Visconde de Maracaju e do seu irmão, Barão do Rio Apa, era Fonseca Galvão, afirmativa comprovada pelo exame do Decreto Imperial de 23 de Maio de 1875, que aprovou e concedeu o Brasão de Armas, Nobreza e Fidalguia a Rufino Enéas Gustavo da Fonseca Galvão.
O Brasão citado é bi-partido, sendoque um lado (em vermelho) representa a família Galvão e o outro (em ouro) reprenta a família Fonseca. 

FONTE: http://genealogiagalvao.blogspot.com.br/